O Professor Dr. Paulo Guimarães esteve ontem na biblioteca a partilhar o seu conhecimento sobre a participação de Portugal na I Guerra Mundial, e os alunos do 9º ano, em duas sessões, manhã e tarde, revelaram interesse e muita atenção, como se pode verificar nas fotos.
Aqui fica o resumo, gentilmente cedido pelo Professor Dr. Paulo Guimarães, dos aspectos tratados:
A participação de Portugal na I guerra Mundial marcou profundamente a nação portuguesa, sendo essa experiência e a sua memória um elemento fundamental da construção da identidade nacional de matriz republicana que, neste ano de 2010, se celebra. Testemunha-o as iniciativas cívicas e oficiais tomadas a partir do final da guerra, os monumentos comemorativos espalhados pelas cidades portuguesas, a sua toponímia, a formação e acção da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, criada em 1923. Porém, hoje podemos perguntar: porque entrou Portugal para a I Guerra Mundial ao lado dos países da Entente? Quais eram os seus objectivos de Guerra? Quais foram as suas consequências imediatas? O que ganhou Portugal com a sua participação naquele conflito mundial? Que lições podemos tirar daquela dolorosa experiência?
Estas questões foram tratadas, tendo sido explicada a importância do projecto imperial português e as incertezas que pairavam nos espíritos quanto ao futuro de Portugal e do regime republicano com a eclosão da guerra na Europa. A sociedade portuguesa dividiu-se quanto à entrada de Portugal no conflito, apesar de se combater em Angola e em Moçambique contra os alemães desde Outubro de 1914. A estratégia "guerrista" comandada pelo P.R.P. (os "democráticos", liderados por Afonso Costa) esteve na origem da Ditadura de Pimenta de Castro e, mais tarde, do governo autoritário de Sidónio Pais que culminou na proclamação da Monarquia no norte do país, em clima de guerra civil.
Enunciaram-se os objectivos de guerra de Portugal bem como a sua estratégia diplomática, a qual conduziu à declaração de guerra da Alemanha em 1916. Portugal teve de se preparar para a guerra rapidamente, organizando o C.E.P. (Corpo Expedicionário Português) que enviou para a frente ocidental. Dessa experiência, o desastre militar na Batalha de La Lys, em 9 de Abril de 1918, seria traumático para o orgulho nacional, fragilizando a posição portuguesa entre os países da Entente.
Paulo Guimarães é professor no Departamento de História e investigador do núcleo de Investigação em Ciências Políticas e Relações Internacionais da Universidade do Minho.
Aqui fica o resumo, gentilmente cedido pelo Professor Dr. Paulo Guimarães, dos aspectos tratados:
A participação de Portugal na I guerra Mundial marcou profundamente a nação portuguesa, sendo essa experiência e a sua memória um elemento fundamental da construção da identidade nacional de matriz republicana que, neste ano de 2010, se celebra. Testemunha-o as iniciativas cívicas e oficiais tomadas a partir do final da guerra, os monumentos comemorativos espalhados pelas cidades portuguesas, a sua toponímia, a formação e acção da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, criada em 1923. Porém, hoje podemos perguntar: porque entrou Portugal para a I Guerra Mundial ao lado dos países da Entente? Quais eram os seus objectivos de Guerra? Quais foram as suas consequências imediatas? O que ganhou Portugal com a sua participação naquele conflito mundial? Que lições podemos tirar daquela dolorosa experiência?
Estas questões foram tratadas, tendo sido explicada a importância do projecto imperial português e as incertezas que pairavam nos espíritos quanto ao futuro de Portugal e do regime republicano com a eclosão da guerra na Europa. A sociedade portuguesa dividiu-se quanto à entrada de Portugal no conflito, apesar de se combater em Angola e em Moçambique contra os alemães desde Outubro de 1914. A estratégia "guerrista" comandada pelo P.R.P. (os "democráticos", liderados por Afonso Costa) esteve na origem da Ditadura de Pimenta de Castro e, mais tarde, do governo autoritário de Sidónio Pais que culminou na proclamação da Monarquia no norte do país, em clima de guerra civil.
Enunciaram-se os objectivos de guerra de Portugal bem como a sua estratégia diplomática, a qual conduziu à declaração de guerra da Alemanha em 1916. Portugal teve de se preparar para a guerra rapidamente, organizando o C.E.P. (Corpo Expedicionário Português) que enviou para a frente ocidental. Dessa experiência, o desastre militar na Batalha de La Lys, em 9 de Abril de 1918, seria traumático para o orgulho nacional, fragilizando a posição portuguesa entre os países da Entente.
Paulo Guimarães é professor no Departamento de História e investigador do núcleo de Investigação em Ciências Políticas e Relações Internacionais da Universidade do Minho.
Agradecemos a disponibilidade, afabilidade, a comunicação, o conhecimento, a partilha e ainda este resumo ao Sr. Professor Dr. Paulo Guimarães.
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